Tarde,
sem sol,
a lua,
deitada sobre a ausência,
se mostra inteira
e meia parte sua dança,
ciclicamente,
sobre as lembranças largadas por onde já não anda...
A redondeza,
a luz
e a ausência guardada...
...tudo se move
por sobre,
dentro
e entre seu todo nada ser...
...E nada diz,
tudo pensa
e se deixa seguir pelas ruas lembradas
embora ela,
nua,
permaneça vaga
e só
dançando calada sob seus sonhos
e sobre o todo azul de si,
por dentro e por fora
de sua sala de estar...
...embora ela mesma por lá já há tempos não esteja...
Luiz Dutra - dezembro/2013