Poema visual : "Para fora o que havia dentro"

Escultura em argila by Luiz Dutra - setembro/2012

Abriste em mim a janela de querer,
amar
e insistir no viver,
sorrir
e ser melhor...
... Colocastes o sol dentro
e
fora
e brilho nos olhos meus...
Ergues sempre minha face,
para que eu possa,
contigo,
andar de cabeça erquida
olhando para o que virá,
para as flores que colorem,
concretamente,meu existir...
e para os pássaros que nascem coloridos de cada sorriso que das...
É bom ser assim,
É bom,
eternamente,
com Maria
Ser quem Estou
e Estar quem sou...
...E somos...
...Simples assim...
Luiz Dutra - janeiro/2013

E volta a lua,

redonda e nua

entre nuvens e chuva.
...
A tarde,

o partir

o voltar

e o que fomos alça voo,

cruzando o azul que nunca ousamos atravessar...

...E a lua ri,

lembrando das coisas ditas

que ficaram gravadas apenas nos ouvidos dela...

Luiz Dutra - janeiro/2013

Poema Visual : "Ontens e antes..."



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Pinturas e fotografias de Luiz Dutra - janeiro 2013

O dia inteiro,
eu pela metade
e outras partes que se guarda,
em silencio,
no lugar de não se achar...
O dia,
o inteiro ato de existir
e os pássaros que voam
voltam ,
fazendo alaridos mil,

para outros espaços que não mais estes daqui...
a rua guardada na memória,
a chuva lá dentro
e dentro,
num silencio surdo,
falo eu
das coisas que não sei falar,
das coisas que não cabem mais guardar
das coisas que se perdem
e
vez por outra acho
entre as que rasgo e jogo ao vento...
...e o vento sopra meus cabelos,
minhas mãos agarra um punhado de poeira
e abre...
e tudo volta para onde estava
embora
tudo sempre esteve
esta
e
estará
dentro de mim...
Luiz Dutra - janeiro/2013

Caminhamos nós,
passos meus,
pensamentos teus
e necessidades nossas...
Nossos olhos,
agregados em nenhum
nada dizem
e
por nada choram
e sorriem,
abstratamente,
dos caminhos tortos que fez

...eu cruzar com tu...
e tu cruzar com eu
... e sempre nos retornamos,
intactos
e misturados
sob a sela do amor que nos uniu
para a vida que Ele nos deu...
E rio eu desse agora
e tu,
sem imaginar,
guardas para rir mais tarde
das tardes que já se foram
para fora do tempo agora...
...pois é necessário espaço para as novas que sempre nascem
dos nossos sem fim abraços...
Luiz Dutra - janeiro/2013

Poema visual : "Inteiros-Pedaços"