O dia inteiro,
eu pela metade
e outras partes que se guarda,
em silencio,
no lugar de não se achar...
O dia,
o inteiro ato de existir
e os pássaros que voam
voltam ,
fazendo alaridos mil,
para outros espaços que não mais estes daqui...
a rua guardada na memória,
a chuva lá dentro
e dentro,
num silencio surdo,
falo eu
das coisas que não sei falar,
das coisas que não cabem mais guardar
das coisas que se perdem
e
vez por outra acho
entre as que rasgo e jogo ao vento...
...e o vento sopra meus cabelos,
minhas mãos agarra um punhado de poeira
e abre...
e tudo volta para onde estava
embora
tudo sempre esteve
esta
e
estará
dentro de mim...
Luiz Dutra - janeiro/2013
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