segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Adormece,


entre esperança e sonho

e

sonha..

Vê,

distante o já visto,

... revisita o hoje

e adentra,

teimosamente,

no amanhã...

Amanhã,

desperto,

desperta o que esta longe,

e carrega nos olhos por onde for

e dorme por fora,

amedrontado por dentro...

Seus gritos são mudos,

seu mundo é de guerra

sua guerra é a paz...

...a paz demasiada,

que consome seus dias de espera;

...enquanto a eternidade lhe acena pela vidraça,

embaçada pelas lágrimas que não se vê...

Seus olhos se fecham,

e tudo recomeça em contínua guerra

em si,

contra si

em si mesmo...

...e chora baixinho,

para que apenas Deus ouça

e os filhos possam, ainda assim,

lhe sorrir....

Para meu pai, o velho Garricha.

Luiz Dutra - fevereiro/2013

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