sábado, 15 de fevereiro de 2014

Rasgo minh'alma,
pedaços esvoaçam
outros,
pendurados,
permanecem sobre os ponteiros de um relógio imóvel...
...e ainda outros,
presos ao corpo,
simplesmente balançam sob o eterno vento relembrar...
Cessam meus pensamentos,
encarceram-se os desejos
enquanto piga num chão sem cor
e luz
aquilo que antes era sentir...

Cansado desse estado de coisas vãs,
deito meu corpo sobre sementes,
várias;
pássaros voam,
o céu é confusamente azul
e flores brotam,
perfumando o dia,
o dia que ainda virá...
Luiz Dutra - fevereiro/2014

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