sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A longa estrada
as pernas cansadas
meu andar cambaleante
ante o ontem
e
as coisas de hoje...
A vida tão longa,
a longa porta de se perder
e a
microporta de se achar...
Tudo,
nada,
dentro
e
fora
e fato
hipotético
e fatalmente abstrato tempo de saber de si,
quando olhar no olhar alheio...
Eu,
Nós
e cordas soltas pelo espaço céu;
não há anjos voando,
nem estrelas brilhando
nem lua de romanticamente sonhar...
...apenas há o que meus olhos já viram,
há tempos
e que,
há tempos se repetem...
...tornando-se diferente
quando diferente tu me fazes ser...
e acordando hoje sozinho,
 não reconheço nem o rosto refletido no espelho,
nem o espelho,
nem a parede
nem o quarto...
...apenas minha cama de dormir...
..................................................
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E se a vida é assim,
ser o que alguém desenha,
me risco
e
apago
e
tento,
por cima do já visto,
me refazer com outros rabiscos...
...de não ser...
...de não pensar...
...apenas sonambolizar meu eu
dentro do sonho que agora é somente teu...
...e ser,
então,
novamente teu,
dentro dos olhos meus.....
Luiz Dutra - outubro/2012

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