A rua deserta
destaca o som dos meus pés
e
passo
a
passo
me distancio
do início que desconheço
do fim que não reconheço...
e dos recomeços que ficaram presos,
amarrados na imaginação...
Disfarço,
a fala muda
e
calado,
abandono as pernas
desisto das metas
e meto a razão no bolso do casaco que não faço uso
ou
so uso quando adormecido me esqueço...
A rua ainda deserta,
meus pés já longe dela
e dela apenas guardo a vontade,
vontade de sacudir a poeira
e deixar que o vento a leve para o longe,
bem longe deste pensamento-lugar...
Luiz Dutra - outubro/2012
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