A lua presa no azul,
os olhos no louco soltos num sem espaço-fim....
O louco prende a lua nos olhos
e olha para fora,
buscando-a dentro de um céu,
no seu pensamento azul;
Deita sobre o gamado verde,
viaja na fumaça do seu cigarro,
agarra o pensamento que tenta fugir
e foge levando a lua para fora,
fora do dia que se anuncia sem sua permissão..
joga-a sobre a poça de lama,
chama seu medo de noite
e sua coragem de dia...
A noite parte,
leva a lua embora
e ele adormece seguro sob a luz do sol;
luz que não pode prender dentro dos olhos seus...
Luiz Dutra - abril/2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
segunda-feira, 21 de abril de 2014
Passeio entre ontens,
agoras
e outras manhas...
fecho meus olhos para ver
o jardim sem cor,
o céu carregado
o vazio do copo
e o corpo velho;
guardo tudo dentro dos olhos,
olho para o dentro
e saio,
ensaio voltas
e dou voltas em torno das horas que já passaram
enquanto,
gota a gota,
escorre de mim qualquer coisa que era,
qualquer coisa que poderia
e outras que apenas acenam depois de caídas como a dizer
nada
ou qualquer coisa que eu, já surdo por dentro,
não ouso querer ouvir....
Enquanto sigo para lugar algum,
meu peito se rasga
e pássaros,
que eram meus companheiros,
esvoaçam,
distanciando sem que eu os ouça se cantam,
se riem
ou se já emudeceram pelos anos aprisionados
e sem cuidados dento de mim...
E a noite surge,
nao há luzes...
apenas um vento que a mim não chega,
apenas o reconheço pelo balançar dos meus pensamentos...
agoras
e outras manhas...
fecho meus olhos para ver
o jardim sem cor,
o céu carregado
o vazio do copo
e o corpo velho;
guardo tudo dentro dos olhos,
olho para o dentro
e saio,
ensaio voltas
e dou voltas em torno das horas que já passaram
enquanto,
gota a gota,
escorre de mim qualquer coisa que era,
qualquer coisa que poderia
e outras que apenas acenam depois de caídas como a dizer
nada
ou qualquer coisa que eu, já surdo por dentro,
não ouso querer ouvir....
Enquanto sigo para lugar algum,
meu peito se rasga
e pássaros,
que eram meus companheiros,
esvoaçam,
distanciando sem que eu os ouça se cantam,
se riem
ou se já emudeceram pelos anos aprisionados
e sem cuidados dento de mim...
E a noite surge,
nao há luzes...
apenas um vento que a mim não chega,
apenas o reconheço pelo balançar dos meus pensamentos...
quarta-feira, 16 de abril de 2014
domingo, 13 de abril de 2014
A sombra,
a casa
e quase silencio sobre a noite insone;
sondo a alma,
por fora
e dentro
e entre espaços que desconheço...
Refaço costuras,
desfaço outras
enquanto o tempo vai remendando tantos
e tortos furos.
Adormeço sobre sonhos,
e nesses,
sei das coisas todas
e todas me são inúteis
e vadias...
meus olhos se guardam,
meu corpo se torna mudez
e surda de tanto silencio guardado,
minh'alma se descostura
e se mistura a mesma loucura-existir...
...e permanecem os dois,
alma e corpo,
a dormir sobre o vento necessidade-ser,
estar
existir...
Luiz Dutra - abril/2014
a casa
e quase silencio sobre a noite insone;
sondo a alma,
por fora
e dentro
e entre espaços que desconheço...
Refaço costuras,
desfaço outras
enquanto o tempo vai remendando tantos
e tortos furos.
Adormeço sobre sonhos,
e nesses,
sei das coisas todas
e todas me são inúteis
e vadias...
meus olhos se guardam,
meu corpo se torna mudez
e surda de tanto silencio guardado,
minh'alma se descostura
e se mistura a mesma loucura-existir...
...e permanecem os dois,
alma e corpo,
a dormir sobre o vento necessidade-ser,
estar
existir...
Luiz Dutra - abril/2014
terça-feira, 8 de abril de 2014
Minh'alma dança,
a música inaudível
o espaço pouco
e muitas horas guardadas;
........................................
Guardo o esquecer,
esqueço o guardar
e rodopio sobre ponteiros
nos eternos círculos-relógio
.........................................
Meu rio parado,
meu riso roubado,
minhas maos sem aceno
guardo a noite nos olhos
e deixo que o dia espie,
como quem se apieda,
pelas frestas de minh'alma dormida...
.......................................................
...E vou a janela como quem vai a guerra sem armas nas maos...
............................................................................
.............................................................................
Luiz Dutra - abril/2014
a música inaudível
o espaço pouco
e muitas horas guardadas;
........................................
Guardo o esquecer,
esqueço o guardar
e rodopio sobre ponteiros
nos eternos círculos-relógio
.........................................
Meu rio parado,
meu riso roubado,
minhas maos sem aceno
guardo a noite nos olhos
e deixo que o dia espie,
como quem se apieda,
pelas frestas de minh'alma dormida...
.......................................................
...E vou a janela como quem vai a guerra sem armas nas maos...
............................................................................
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Luiz Dutra - abril/2014
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