Eu,
a distancia do tempo
a mesa,
larga, vazia...
...a mão sobre,
o copo idem
e idem também a vida que escorre por entre as paredes inexistentes...
A mão,
o copo vazio
o corpo cansado
e dentro do imenso cansaço,
Eu.
Os braços esticam,
o copo se afasta
e afastada fica a fuga...
A vida dilui-se
o vento arrepia a pele
a pele desprotege
e desprotegida,
minh'alma rebusca na mesma loucura
a cura da noite insone que me distancia
do que poderia ser
caso não fosse quem estou
neste caos de ser-existir...
E desisto da vida
bebendo em goles
os goles que restam dentro do copo vazio do meu coração....
Luiz Dutra - março/2012
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