segunda-feira, 26 de março de 2012

Nascendo,
atônita,
placidamente nua,
sobre a lama do passado,
negro
e
meramente abstrato agora,
vai nascendo um novo ser-eu...
Diferente,
ausente das coisas comuns,
distantes dos laços que formaram até agora,
diferente,
na forma-pensamento,
desejo
e outras alegorias destrutivas,
ou não,
porém não mais essenciais...
Objetivando o sempre além,
porém desconhecido novo,
vai-se desenhando sob um céu de um novo azul,
dentro da luminosidade realmente clara a mente do que serei...
Abro meus olhos novos,
presencio o estar
e sinto-me ser,
realmente agora,
novo para a nova família que me embala
e rega minha nova vida-agora
dentro de um além já registrado no que arde dentro em mim,
para sempre,
aqui,
além..
Luiz Dutra - março/2012

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