Já em frente a porta de seu apartamento, enfiou a chave no tambor, girou duas vezes, retirou a chave, tocou a maçaneta abrindo a porta e entrou, fechando-a. Sentou-se no sofá vermelho de sua enorme sala, acendeu um cigarro e ficou com olhar perdido olhando a foto no porta-retrato; lá estava a prova da união... Sem demorar-se nos soluços, encaminhou-se ao quarto e, subindo numa cadeira, puxou uma caixa enorme que se escondia no fundo do armário sob cobertas e lençóis novos .
Retornou a sala, pôs a caixa aos seus pés, deu uma última fumada no seu cigarro e o apagou. Olhou novamente a caixa e, antes de pensar, suas mãos abriram a caixa. Seus olhos brilharam vendo seu vestido de noiva que com esmero e carinho havia sido guardado há tempos. Retirou-o da caixa, pôs sobre si e dançou como se ouvisse um a valsa... Depois escancarou a janela, olhou para os vinte andares que a separava do chão, pôs o vestido para fora da janela segurando-o pelos ombros. O vento de quando em quando enchia o vestido, formando um corpo invisível, que ia e vinha num bailado disritimado. Ela olhou novamente o chão distante, depois o azul que se estendia à sua frente e largou o vestido, que saiu voando perdido no imenso salão acompanhado pelo som do vento. Fechou em seguida a janela, pegou o molho de chaves sobre a mesinha de centro, tocou a maçaneta, abrindo a porta; colocou a chave no tambor, fechando-a, entrou no elevador e desceu...
Já na beira da rua, esticou seu braço, um taxi parou e ela entrou indicando o caminho. Em menos de quinze minutos retornou. Assim que entrou todos a olharam; viram-na diferente e diferente sentou-se na mesma cadeira. Acendeu um cigarro, suspirou baixinho e ficou aguardando o passar das horas para enfim enterrar o marido que estava sendo velado à sua frente.
Retornou a sala, pôs a caixa aos seus pés, deu uma última fumada no seu cigarro e o apagou. Olhou novamente a caixa e, antes de pensar, suas mãos abriram a caixa. Seus olhos brilharam vendo seu vestido de noiva que com esmero e carinho havia sido guardado há tempos. Retirou-o da caixa, pôs sobre si e dançou como se ouvisse um a valsa... Depois escancarou a janela, olhou para os vinte andares que a separava do chão, pôs o vestido para fora da janela segurando-o pelos ombros. O vento de quando em quando enchia o vestido, formando um corpo invisível, que ia e vinha num bailado disritimado. Ela olhou novamente o chão distante, depois o azul que se estendia à sua frente e largou o vestido, que saiu voando perdido no imenso salão acompanhado pelo som do vento. Fechou em seguida a janela, pegou o molho de chaves sobre a mesinha de centro, tocou a maçaneta, abrindo a porta; colocou a chave no tambor, fechando-a, entrou no elevador e desceu...
Já na beira da rua, esticou seu braço, um taxi parou e ela entrou indicando o caminho. Em menos de quinze minutos retornou. Assim que entrou todos a olharam; viram-na diferente e diferente sentou-se na mesma cadeira. Acendeu um cigarro, suspirou baixinho e ficou aguardando o passar das horas para enfim enterrar o marido que estava sendo velado à sua frente.
Luis Dutra - outubro/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário