Durmo,
acordo e liberto a noite há tempos presa
e torno-me presa do dia que transcorre...
Sou lua que vaga no silencioso céu
sou caos
e paz
e guerra
acordo e desacordo
Durmo,
preso as esmagadoras amarras de um ontem mal vivido,
envolto em asas que já não mais batem...
Sou absurdo
sou mudo
e nulo..
Levanto dentro de eu o mesmo
e mesmo distante de ser o outro,
prendo-me à caneta que se move libertadora...
E sou liberto....
E bato as asas pensantes
para transferir-me para a distancia de ontens
amanhãs
deixando restar apenas esse eterno agora.
Agora que então durmo...
Luiz Dutra - outubro/2011
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