quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A tarde adormecida,
a ida
a volta
os retalhos da velha roupa pelo chão
e a nova pendurada nos ponteiros do relógio que não uso.
A tarde,
o sono
o sino tocando
o coração pulsando
os braços abertos aos ventos
e os ponteiros da tarde parados dentro do círculo de igualdades...
Adormecida vida,
a idade avançada
o sinal aceso
os veículos parados
o apito ecoando
e eu dando corda no velho relógio...
O som,
o sono
o estar
o desperto
o dormido
o andar
o dentro 
o fora
o tudo neste eterno agora
e hora nova assoma-se
e some para dentro do velho relógio,
relógio que o sono não me permite mais ver...
Luiz Dutra - outubro/2011

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