Silencio,
o sol lá fora,
a tarde que passa
e meus passos calados percorrem a casa...
Silêncio,
luminosidade extra-eu,
e eu sentado sobre a memória,
tentando,
de alguma forma,
arrumar na prateleira dos tempos idos,
os livros que nunca terminei de ler...
O vento surge,
a janela se abre
e se abre em mim a vontade de reler,
reler o livro que embora já tenha lido,
não consegui entender
o início,
o meio
o fim...
retiro no chão então o tal livro,
abro a primeira página,
e me vem a lembrança
pessoas,
lugares,
paisagens,
palavras
e o imenso salão onde o principal personagem,
sozinho,
no sono do sonho,
permanece por tempos sem fim
a dançar...
...E ainda continua,
no mesmo salão;
agora já não mais dança,
espreita pela janela,
esperando alguém que prendeu dentro de si
e mesmo querendo,
não o pode na dança o acompanhar...
Luiz Dutra - outubro/2011
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