Abri a porta,
devagar meus olhos foram se pondo sobre as coisas,
novas,
velhas,
conhecidas,
estranhas
e inexistentes para o conhecido concreto,
embora indestrutíveis no abstrato real da vida...
o vasto espaço aberto
e eu saindo e entrando,
buscando e desistindo,
Achando,
perdendo...
A mão,
a porta aberta,
o desejo de retornar,
o retorno ficando distante
e distante de tudo isto,
ainda sacudindo o pó do ano que passou,
adentrei,
sentei,
fechei os olhos
e deixei meu coração traçar o caminho por onde devo levar o corpo,
agora mais velho,
embora mais leve que o vento que esvoaçava a cortina das horas,
horas que me separavam da velha idade e me empurrava para dentro da nova...
Luiz Dutra – novembro/2011
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