Tranquila e sorrateiramente,
sem tencionar nada,
a luz do sol foi se embrenhando,
atravessando as brechas da minha porta
e se estirando na minha cama.
A cama desfeita,
a noite ainda em cacos,
os cacos nas minhas mãos
e mãos que não as minhas,
abrindo os olhos meus...
Meus pensamentos confusos,
difusa ficou tua face
disfarce de ser quem sou;
e nada disto sou
soa no ar o faça daquilo que se desfaz
e refaço outra vez quem sou
e calo para deixar escrito
que nem existo,
nem penso...
...apenas deixo que o grito,
ecoe por dentro das horas
e as horas terminem na cama,
sob a luz que adentrou...
Luiz Dutra - 23/11/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário