Enxergo a casa que há,num tempo agora tão distante,
casa- lembrança dentro de em mim,
nela estas cantarolando uma canção,
teu corpo dança suavemente,
teus movimentos balançam a casa,
tua voz acede todas as luzes,
neste luminoso espaço, do nada, surgem coloridas flores,
o ar se perfume de todas,
pássaros chegam de todos os lados
e cantam junto contigo
e esvoaçando asas, espalham penas coloridas;
teus braços agora levantados, atraem borboletas,
borboletas multicoloridas que adejam,
bailam nu ar suave e luminoso-presença-tua...
A casa que há em mim sente tuas mãos,
mãos que abrem as janelas,
escancara a porta
e permite a chegada da luz.
O sol adentra inteiro na casa,
tu fascinada aqueces teu corpo e tu'alma neste calor
e voas tal qual borboleta
e pousas tranqüila sobre a flor-coração-meu
e por que inebriada da descoberta do quanto me fazes feliz,
adormeces...
e por que descortina-se de forma irrevogável,a felicidade que a tua presença,
dentro de mim surgindo,
dentro de mim surgindo,
me faz nascer,
Então desperto,
e confirmo que agora,
tua doce pessoa permanece como presa-presença num porta retrato
lanço ao longe o sonho tido,
me deito novamente na realidade,
saio da casa onde há tempos tu não fazes,nem visita nem mais morada,
e desconhecendo a casa real,
e desejo eterna,
neste momento,
a casa irreal...
neste momento,
a casa irreal...
E dançamos felizes nos raios de sol,
voando por sobre as flores,
e deixando que de nossos sorrisos nasçam estrelas,
estrelas que brilham no nosso encantado céu azul de caneta e papel...
Luiz Dutra – novembro/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário