Espio pela janela,
vejo a superioridade humana,
de forma clara,
concretizada na poeira que o vento levanta,
varre
e espalha para qualquer lugar...
Vejo aquilo que somos,
meneio a cabeça,
dizendo sim,
eis nossa superioridade...
No mesmo instante ergues para mim teu nariz,
empinando-te sob saltos que nunca usastes,
usando palavras nunca antes ditas,
porém grafadas em milhões de dicionários;
Assim caminhas ereta pela rua defronte a minha janela,
enquanto o vento, te acompanhando,
novamente redescobre nossa superioridade feita de barro,
barro de onde nascemos e votaremos;
desta maneira o vento te cobre,
e tu, porque superior,
desapareces esvoaçante dentro da imensa poeira...
...e deixo-me rir
do riso que o vento deixou pendurado no tempo ao passar por nós...
Luiz Dutra - novembro/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário