sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A saudade infame invadiu minh'alma,
me fazendo varrer minhas memórias todas,
descoloridas pelo tempo,
soltas umas,
presas outras
sobre a presente presença de quem se foi...
Abri meus olhos,
num delírio louco
entre eu e tantos,
e somando os tempos,
vi que restou nada
e nado mudo no interior de mim
sem despertar para o sol que nasce...
A saudade infame,
a vida que se esconde,
o mundo descolorindo-se
enquanto deito no pássaro tempo,
esperando a ida desta dolorida saudade em mim...
...quase sempre,
Saudade sempre minha,
Saudade mesma de eu...
Luiz Dutra – novembro/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário