Dia pendurado,
arrastando correntes das horas,
horas que se prendem ora no hoje,
ora no ontem
e ora em nenhum lugar,
e mesmo assim se mantem amarradas...
Dia chatinho,
de pensamentos inexistentes,
ou insistentemente amarelos;
Dia
de cansaço enfileirado
fazendo sombra por estar nele...
Dia sem ser
e mesmo se querer, estar...
Espera...
...da noite que não chega,
e se chega será a outra face do dia,
diferente apenas na ausência da luz;
luz que não se acendeu hoje dentro em mim...
E me encolho e durmo por fora,
enquanto por dentro ouço os passos lentos das horas,
vejo minh'alma sonolenta bebendo o veneno do irrealizável sonho...
Luiz Dutra - novembro/2011
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