Abre-se as cortinas,
meus olhos percorrem o teatro inteiro,
Ele me olha do centro da plateia;
Engasgo,
tremo,
esqueço parte da fala
e calo...
As luzes se acendem,
alguém da plateia grita;
a espera...
O coração salta no peito,
o medo salta aos olhos
e olho para Ele que acena...
As pernas tremem,
as mãos vertem água,
a boca seca
e porque não recordo o que deveria falar,
fazer
ou, se fosse, e lembrasse,
que dança deveria dançar,
fecho meus olhos,
ordeno as pernas que me levem para trás das cortinas...
... elas começam a obedecer a ordem dada,
porém antes que se complete o passo,
dou mais uma olhada para a plateia muda,
numa ansiosa espera
e respiro como a pedir desculpas,
depois busco por Ele...
E Ele já não mais esta...
...já ao meu lado,
Ele estica suas mãos e me puxa...
...Por conta da coragem que Ele me inspira,
renascem as minhas lembranças,
seguro firme nas Suas mãos
e rodopiamos pelo teatro mundo,
dançando a valsa da Vida.
Luiz Dutra - setembro/2011
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