segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Vieste  de longe,
e ao longe ouvi teus passos...
Passeastes pelo mesmo e antigo jardim,
sentaste na mesma calçada,
olhaste o céu, como se fosse manhã bem cedo;
Chegaste de leve,
brisa que vem e refresca as lembranças,
dormiste ao meu lado,
disseste-me coisas
e as coisas que tinha a dizer-te voaram da minha boca tal qual assustados pássaros...
Então paraste em frente a porta,
olhaste a lua,
miraste as estrelas,
molhaste as rosas com as ondas que bramiam nos olhos teus e paraste...
Incerta olhaste novamente o céu,
depois as estrelas,
tirastes do azul, um pouco dos olhos teus e pendurastes na minha janela,
miraste tu mesma diante do espelho do que és agora,
e sem mais,retornaste novamente ao jardim e a porta
sempre rezando tua reza de querer voltar...
Enquanto eu te seguia sem sair do lugar,
 a porta se abriu e tu,
por instantes,
 desapareceste dos meus olhos reais...
Com outros que desconhecia ter,
te vi adentrar o quarto,
afagar docemente os cabelos dela
depois
beijaste a mesma menina que aqui deixaste
como se parida fosse do corpo teu

sumiste na noite...
na hora já tarde em que eu  dormia...
Luiz Dutra - setembro/2011

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