Abro-me,
gaiola do tempo,
soltando imagens antigas,
antigas lembranças,
saudades imensas,
nostalgias profundas,
retornos impossíveis
e flores que já murcharam na espera que não aconteceu...
Abro-me,
deixo-me,
portas abertas,
gaiola do tempo exposta neste agora indefinido,
grito que saiam todos,
pensamentos antigos,
desejos,
esperas,
que voe
que espalhe-se pelo azul do céu...
A janela,
a gaiola,
a porta aberta
um sorriso nascendo,
novas certezas,
novos desejos...
...mas volto, de vez enquando,
não entro,
apenas sento na beira da porta- gaiola,
esperando que a espera não tenha sido em vão
e que lá,
escondido,
entre alimento-pensamento ou água esperança,
esteja escrito que tu virás,
ainda que apenas um dia
e nada mais...
Luiz Dutra - setembro/2011
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