quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Meus olhos fechados, miravam a porta fechada,
enquanto gritos,
gargalhadas e chamados,
cresciam por tras da mesma;
Os olhos,
a porta,
as mãos que tremiam,
e a luz surgindo pelas frestas das lembranças de ontems...
Meu coração pulou na frente,
a mente rodopiava,
e as mãos, apressadas,
correram escancarando a porta,
e por que já estava aberta,
abri meus braços ligeiros,
o abraço tornou-se gigante,
a alegria saltou do esconderijo secreto,
o coração pulava corda no peito,
de olhos então, agora, abertos,
encontrei lá fora,
e ao mesmo tempo tão dentro,
a menina dos olhos meus...
Ela sorriu imensa,
eu a beijei como deserto buscando o mar,
e nos escondemos do tempo,
para que não nos encontrando,
eternamente ficássemos
eu,
ela
a felicidade do reencontro
a vida que, enfim, retornava...
Então de mãos dadas, demos adeus a saudade
e sorrimos,
pois tudo já era presente
no presente que a vida nos dera...

Luiz Dutra - setembro/2011

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