Ainda me guardo,
e ainda me traio;
caminho incerto,
certo de que o espantalho,
preso e suspenso sob a horta das minhas lembranças,
se mentém desperto...
Ainda refugio-me nos mesmos buracos,
ora largos,
alguns apertados
e tantos inexistentes ao ver,
mas tocáveis dentro daquilo que sou
e vou seguindo,
dançando,
chorando
e acrescendo sempre algo do novo
que o velho lembrar me concede...
então me guardo,
encolho meus sonhos
e os recoloco nas mãos do vento...
...e deixo que as mesmas mãos me afaguem,
me ninem
me façam dormir
e também acordar
para viver, enfim,
aquilo que mesmo eu já esqueci...
Luiz Dutra - setembro/2011
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