Pássaros cantam na minha cabeça,
ando voando,
varrendo as cinzas,
recolhendo brinquedos que já não brinco,
guardando os livros que já não leio,
guardando sonhos que já não sonho,
arrumando camas onde há tempos não durmo,
medindo as palavras que já não digo,
abraçando braços que já não existem,
existindo num tempo que já se foi...
Adejo tal qual borboleta,
a flor bate no relógio da parede
e floresce a cada hora perdida
e perdido me escondo,
sozinho,
nos cantos dos passarinhos que voam na minha cabeça..
Luiz Dutra - setembro/2011.
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