Eu,
o gato,
a janela,
o cachorro e a casa,
tudo,
nada,
e sempre existentes seres,
pendurados na vida,
querendo secar os acasos,
os ontems,
os dias que ficaram no meio do caminho
distante do recomeço agora.
O gato na janela,
o cachorro deitado na porta,
a porta sem chaves que abra
os olhos meus...
Deito sobre as palavras,
adormeço poesia,
e acordo um conto fantástico que ninguém ainda escreveu;
Mas vou à janela,
esperando por ela,
enquanto gato mia baixinho,
o cachorro não late e a lua desce boiando nos sorrisos meus...
Luiz Dutra - setembro/2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário